Dalva
Herzikoff
Escritora, Poeta, Musicista
Em 2011, com o falecimento de meu pai, o primeiro poeta que conheci, inspirei-me, voltei a escrever e realizar um sonho de duas décadas. Hoje escrevo as memórias que, um dia, vivi, no lugar onde nasci e me criei. Lugar onde, mesmo na velhice, ainda que eu não caminhe, e meu corpo me impeça, nem que seja em pensamentos, sempre voltarei. Aqui lhes apresento “Quarenta e Seis Outonos e Um Rouxinol”, onde nas estrofes de meu coração, lhes canto poesias cheias de saudades goianas.
Dalva ao lado da antiga estátua da poetisa Cora Coralina,
em primeiro plano, e ao fundo o Museu Casa de Cora Coralina na Rua Sebastião Fleury Curado.
Dalva visitou a Cidade de Goiás durante o lançamento de seu primeiro livro de poemas, Quarenta e Seis Outonos e Um Rouxinol. A poetisa disse que prestar gratidão à matriarca da poesia goiana era um desejo que desde criança sonhava realizar.
Biografia
Nasci e me criei na pequena casa dos meus pais, em Quirinópolis Goiás, onde as ruas de terra eram meu parque favorito.
Minha avó materna foi parteira de um bebê de quatro quilos, a quem denominaram Dalva Campos. Dalva, cujo significado é: da manhã, aurora, ou mesmo branca.
Meu pai era o Alfredo do caminhão. Quando ele não estava dirigindo nas estradas rurais, era inventor, músico e poeta. Minha mãe é a Nenê do Alfredo, uma senhora valente, dona de casa e negociante. Sou a terceira de uma grande prole, três irmãs e dois irmãos.
Fui criança, babá, empregada, modelo e vendedora. E, para minha surpresa, fui eleita Miss Quirinópolis em 1986. Ainda nos meados dos anos 80, fui radialista da Rádio Alvorada AM, e eleita apresentadora oficial do FESQUI, Festival Esperança e Música de Quirinópolis, o qual ocorria, anualmente, com competições entre talentos musicais com abrangência nacional. Essas lembranças são joias que adornam meu coração de profunda saudade.
Em julho de 1992, imigrei para os Estados Unidos, sonhando ser jornalista, mas fui babá, diarista e corretora de imóveis. Hoje sou imigrante brasileira, mãe de Thalia, casada com James, moro em Marina Del Rey na Califórnia.
Em 2011, com o falecimento de meu pai, o primeiro poeta que conheci, inspirei-me, voltei a escrever e realizar um sonho de duas décadas. Hoje escrevo as memórias que, um dia, vivi, no lugar onde nasci e me criei. Lugar onde, mesmo na velhice, ainda que eu não caminhe, e meu corpo me impeça, nem que seja em pensamentos, sempre voltarei.
Eternamente grata.